O terceiro mês do ano protagoniza uma campanha chamada de “Março Azul-marinho”, de prevenção e de conscientização sobre o câncer colorretal. A doença surge no reto ou no intestino grosso e o tipo mais frequente é o adenocarcinoma – aproximadamente 95% dos casos –, porém existem outros mais raros, como tumores neuroendócrinos ou o tumor estromal gastrointestinal (GIST). Este mês foi escolhido porque nele contém o Dia Nacional de Combate ao Câncer de Intestino, no dia 27 de março, sendo essa data lembrada em todo Brasil como símbolo pela prevenção e tratamento da doença.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), esse é o terceiro tipo mais frequente em homens e o segundo entre as mulheres, e tem sintomas semelhantes a outras enfermidades, como explica o cirurgião geral Oscar Barreto, também especialista em colonoscopia. “O câncer tem uma sintomatologia um pouco indefinida, que se assemelha a outras patologias no intestino grosso, com sintomas como: sangramento retal, dores abdominais e a alteração de trânsito intestinal – quando se apresenta prisão de ventre e diarreia de forma irregular. Isso é um fator de alerta muito importante para se investigar uma patologia intestinal”, ressalta.
Um dos fatores que aumenta o risco de desencadear a doença é a idade, sendo mais comum após os 50 anos. Outros fatores de risco também devem ser levados em consideração. “Aproximadamente 85% dos cânceres do intestino grosso e reto estão relacionados a fatores ambientais, isto é, à baixa ingestão de fibras na dieta, ao sedentarismo, à obesidade, ao alcoolismo, à ingestão de carne vermelha e de carnes processadas”, explica. Oscar Barreto também pontua a genética como outro fator importante na predisposição da doença, e alerta para realização de exames de rotina para quem tem histórico familiar. “Aproximadamente 15% dos cânceres do intestino grosso são de origem genética, quando observamos antecedentes familiares de cânceres em pais, irmãos e avós. Por isso é muito importante o rastreamento através da colonoscopia em pacientes que têm ou tiveram familiares com esse tipo de câncer”, finaliza.
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