A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Defensoria Pública do Estado de Pernambuco (DPPE) unem forças no combate à transfobia e no acolhimento e integração de pessoas travestis e transexuais na sociedade. Assim, lançam, na próxima quinta-feira (31), às 19h, no auditório do Edifício Progresso, na Boa Vista, no Recife, a cartilha “Me chame pelo meu nome”, que visa a orientar a população trans e travesti sobre o procedimento para o reconhecimento legal de nome e/ou gênero nos cartórios.
A construção da cartilha, que conta com a parceria da Natrape (Nova Associação de Travestis e Transexuais de Pernambuco), é resultado de um Acordo de Cooperação Técnica assinado pela UFPE e DPPE e realizado pelas equipes do Núcleo de Políticas LGBT (NLGBT) da UFPE e do Núcleo de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos (NUDPDH) da DPPE, compostas, majoritariamente, por pessoas da comunidade LGBTQIA+ dos dois órgãos.
“Há, tanto na DPPE quanto na UFPE, uma alta demanda por orientações e informações sobre o processo de retificação dos documentos dessas pessoas que se identificam com um gênero diferente daquele designado no nascimento”, afirma Henrique da Fonte, coordenador do NUDPDH.
O texto foi redigido por pessoas trans que aportaram suas experiências pessoais no projeto e permitiram que o produto fosse ganhando mais destaque. “Inicialmente, pensamos em elaborar cards para divulgação exclusiva nas redes sociais. No entanto, nossa estagiária Naomi Leão, responsável pela redação inicial do texto, alertou sobre como uma parte da população T ainda tem dificuldade de acesso aos meios digitais e que, em seu próprio processo de afirmação de identidade, foi lendo uma cartilha num posto de saúde do seu bairro que pode buscar mais informações”, ressalta Diego Germano, coordenador do NLGBT.
A primeira tiragem da cartilha possui 300 cópias, que serão distribuídas, gratuitamente, a organizações da sociedade civil e aparelhos públicos voltados ao acolhimento e atendimento à população LGBTQIA+.
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