quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Propostas para combater suicídio e automutilação são apresentados durante Seminário Regional da Unale, na Alepe

Durante a realização do 5º Seminário Regional de Promoção e Defesa da Cidadania da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), o deputado estadual Diogo Moraes, coordenador do evento, evidenciou a importância do evento, com debate de ideias e propostas inovadoras. No grupo de trabalho que abordou o combate ao Suicídio e Automutilação, estiveram presentes o psiquiatra e psicanalista Dr. Evaldo Medo, a psicóloga e membro do Núcleo de Saúde Mental (NUSAM) do SAMU-DF Dra. Andréa Chaves, o presidente da Comissão da Rede Internacional de Excelência Jurídica do Distrito Federal Dr. Elias Lacerda e a Secretaria Nacional da Família, Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos Ângela Gandra.

De acordo com Diogo Moraes, o evento contou com 276 inscritos, sendo 45 parlamentares. E, ao todo, 21 propostas foram reunidas no grupo de trabalho. “Sinto-me muito honrado em coordenar este GT, que trás um tema tão necessário para discussão. Os registros dos últimos anos mostram que a procura por psicólogos aumentou 140%. A procura por psiquiatras mais de 60%. Então, neste grupo de trabalho temos especialistas que estão ajudando a abordar o tema nas mais variadas vertentes”, declarou Diogo. O presidente da Unale, Kennedy Nunes, destacou que a realização do evento é o início de um plano que no futuro vai salvar vidas, considerando que os presentes ajudaram a escrever esta história.

Já o psiquiatra Evaldo Melo de Oliveira, que possui 48 anos de experiência, destacou que esse problema acomete 20% da população mundial. “A cada 40 segundos, um pessoa comete suicídio. Duas patologias são mais recorrentes: a depressão e o vício em álcool e drogas. O primeiro caso, por exemplo, só perde para os problemas cardiológicos. O enfrentamento a esse problema precisa ser visto como uma causa de saúde pública. No Brasil, temos poucos programas de gestão para abordar esse tema. Não podemos fechar os olhos. É preciso debater, é preciso pautar as políticas públicas sobre esse tema”, defendeu o médico.

O Seminário também contou com a palestra da psicóloga Andréa Chaves, que é do Núcleo de Saúde Mental do SAMU do Distrito Federal. Dra. Andrea falou sobre o processo de implementação do serviço pioneiro na capital federal e seu impacto no local, ressaltando a importância da ampliação desse atendimento para outras cidades. Na ocasião, ela destacou como essa emergência tem contribuído com a prevenção do suicídio e sobre a importância de ter profissionais da área para a saúde mental. “Sem saúde mental não há vida”, declarou a psicóloga.

Já na exposição do doutor Elias Lacerda, Presidente da Comissão da Rede Internacional de Excelência Jurídica do Distrito Federal, foi abordada a parte legal relacionada a projetos de combate e prevenção ao Suicídio e a Automutilação. Lacerda detalhou ainda fatores de proteção e fatores de risco, além de frisar da indicação da OMS sobre a não divulgação dos métodos. “Precisamos fortalecer a rede dos dados primários da população brasileira. Precisamos construir uma comunidade fraterna. É função dos parlamentares repensar e ajudar a construir outro futuro para as próximas gerações”, defendeu.

De acordo com Ângela Gandra, Secretaria Nacional da Família, do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, é preciso que as famílias tenham um olhar atento, que saibam da importância do acolhimento, da compreensão com pessoas acometidas por depressão e outros problemas psíquicos. Ângela destacou que está sendo feito um trabalho e será feita uma publicação para ajudar pais e famílias a enfrentar a problemática. Gandra também pontuou que é preciso combater a depressão, a autolesão e o suicídio o ano inteiro e não apenas no mês dedicado, o Setembro Amarelo.






Crédito das fotos: Jefferson Lulu

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