A pandemia tem sido implacável, não só no que tange a Saúde Pública, e as mais de 500 mil mortes no Brasil. A economia passou e passa por grandes transformações: inflação (muito maior que os índices “oficias”), desemprego, instabilidade política, produção industrial e comércio passado por desequilíbrio devido aos inúmeros lockdowns (quarentenas rígidas), sem falar no setor de serviços onde houve a maior quebradeira (principalmente atividades ligadas ao turismo, eventos e recreação).
Incentivos
fiscais e acesso ao crédito por parte do Governo Federal e do Governo do
Estado, totalmente inviabilizados. A AGE – Agência de Empreendedorismo do
Estado de Pernambuco responsável pelo acesso ao crédito não cumpre seu papel,
com excesso de burocracia e exigências incompatíveis com as atividades dos
microempreendedores (principalmente do Polo de Confecções) engessam o acesso ao
crédito Estatal. O PRONAMPE - Programa Nacional de Apoio às Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte, criado para apoiar pequenos negócios neste momento
de crise foi encerrado ano passado, e não chegou a quem de fato necessitava. A
poucos dias o Governo Federal relançou o Programa porem até agora só
propaganda.
A
vacinação no Brasil apesar de ter iniciado em janeiro de 2021, só agora
(19/06/2021) começa a contemplar população adulta de 40 anos, e há uma
expectativa que até outubro próximo, a vacinação chegue a todos que desejarem
no Brasil.
No
polo de confecções do Agreste de Pernambuco, ocorre nos últimos dias um
sentimento de grande frustração, isso devido a queda nas vendas, atrelado ao
agravamento da pandemia às vésperas do período junino (sem festas) e o
estabelecimento de loockdon regional que afetaram diretamente as vendas nos
centros comercias como Moda Center por exemplo
Neste
último dia 10, Pernambuco anunciou o fim da fila de espera por UTI, e
flexibiliza diversas atividades econômicas em todo Estado.
É
nesse cenário que nos perguntamos: Qual sua aposta para o Pós Pandemia?
Apesar
de tanta instabilidade, e um cenário econômico desfavorável, consigo visualizar
que ainda esse ano haverá crescimento econômico significativo principalmente no
último trimestre (Sou bastante otimista). Fatores como: demanda reprimida,
ampliação do Auxilio Emergencial (que será generoso devido as eleições de
2022), e a abertura de setores que há mais de um ano estão fechados (as festas
vão voltar – o povo quer roupa nova), isso tudo atrelados a universalização da
vacina na população adulta no Brasil, irá impulsionar como nunca a economia. É
chegada a hora de nos prepararmos para esse momento, construindo estratégias de
vendas, produção, estoque e principalmente de financiamento. Apesar da grande
frustação devido as vendas baixas em pleno São João, devemos como microempreendedores
nos preparar para esse momento pós pandemia. Minha aposta é que em dezembro o
cenário será de superação, e que logo em novembro por muitos não se programarem
o Polo de confecções não conseguirá dar conta da demanda, e voltaremos a crescer
e superaremos mais essa crise.
Santa
Cruz do Capibaribe, 19/06/2021
Willamy
Feitosa é Economista e é socio da DG Automotiva.
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