O Transtorno do Espectro Autista, TEA, compromete as habilidades de comunicação e interação social. Há dificuldade de formar relações afetivas e sociais, o que gera limitações às atividades cotidianas em sociedade. Adriano Alves, psicólogo especialista em terapia do comportamento, esclareceu que cada indivíduo com autismo é único e que a alteração dos padrões de comportamento favorece o preconceito e a estigmatização. Ele defendeu a regulamentação da oferta de terapias para impedir a atuação de pessoas mal intencionadas e profissionais despreparados.
Diogo Califi, de 17 anos, foi diagnosticado com autismo no ano de 2000. A família buscou informações e logo iniciou as terapias. Atualmente, ele se prepara para publicar seu segundo livro de história em quadrinhos e é autor das ilustrações da cartilha da Alepe sobre autismo. Na avaliação de Roberto Califi, pai do adolescente, essa rapidez foi fundamental. “O autismo é um enigma. Então, se você perguntar onde foi que a gente acertou com Diogo eu não sei dizer. Tem muita divergência no meio, as causas não são muito conhecidas, os tratamentos também. A única coisa em comum, praticamente, é que quanto mais cedo a intervenção, melhor para a qualidade de vida do autista.”
Autor do requerimento realizar o evento, o deputado Waldemar Borges, do PSB, propôs a formação de um grupo de trabalho, incluindo órgãos públicos e sociedade civil, para acompanhar o cumprimento da lei que protege os direitos da pessoa com Transtorno de Espectro Autista em Pernambuco. “A gente precisa caminhar muito ainda na divulgação de informações, na implementação de políticas públicas voltadas para o setor, e a ciência também precisa caminhar mais rapidamente”.
O Grande Expediente marcou a passagem do Dia Internacional de Conscientização do Autismo, dois de abril. O evento foi encerrado pela vice-governadora Luciana Santos, do PC do B.
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