quarta-feira, 29 de maio de 2019

Confiança do empresário industrial de Pernambuco apresenta quarta queda consecutiva

Desde de fevereiro deste ano, o Índice de Confiança do Empresário Industrial de Pernambuco (ICEI-PE) vem apresentando queda. O quadro acompanha o cenário de incerteza do País, que, atualmente, depende da aprovação das reformas no Congresso Nacional para permitir que a economia saia do estágio de recuperação e volte a crescer. Em maio, o indicador caiu 1,2 ponto e atingiu 53,8 pontos.

O ICEI-PE acompanha a tendência do indicador nacional (ICEI-Brasil), com uma queda iniciada no mês de fevereiro, que se estende também até maio. A sequência de retração acumula 9,6 pontos. “Apesar das sequências de queda, podemos dizer que o cenário ainda é de confiança entre os empresários, pois o indicador permanece acima da linha de 50 pontos que separa o cenário de otimismo e pessimismo”, analisa o coordenador do Núcleo de Economia da FIEPE, Cézar Andrade.


Para chegar ao resultado de 53,8 pontos, a FIEPE analisou dois componentes, são eles: Condições Econômicas Atuais e Expectativas Econômicas. O declínio do ICEI se deve à avaliação menos positiva das condições atuais, bem como pelas baixas expectativas para o cenário futuro. Novamente os empresários percebem piora das condições de seus negócios comparadas a janeiro de 2019.

O Índice de Condições atuais caiu 1,9 ponto frente ao mês de abril e chegou a 43,9 pontos. O indicador continua a se afastar da linha divisória de 50 pontos. Valores abaixo de 50 pontos indicam situação de piora e os empresários estão percebendo mais dificuldades nestes últimos quatros meses. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o Índice de Condições Atuais também recuou 1,9 ponto.

Já com relação ao Índice de Expectativas Econômicas, os empresários apresentaram preocupação para os próximos seis meses. A expectativa dos empresários industriais continua a cair, porém, neste mês, em um ritmo menor, chegando a 58,7 pontos, o que indica ainda uma expectativa de cenário positivo para os próximos meses apesar das consecutivas quedas. O Indicador de Expectativas reduziu em 9,6 pontos nesses últimos quatros meses.

As expectativas, por sua vez, continuam positivas, porém menos otimistas em relação ao início do ano. O índice permanece acima da linha divisória de 50 pontos. A perspectiva vem caindo devido à incerteza do mercado quanto ao cenário da economia brasileira e à do próprio Estado, que estão associadas às dificuldades e demora, do que se esperava, na tramitação das reformas estruturais previstas para o País.

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