Herchcovitch participou do talk show “Novos comportamentos de produção e consumo de moda”, mediado pelo professor do Senac-PE Luiz Clério Duarte. Ao longo do bate-papo, o estilista contou como passou a se interessar por moda, corte e costura ainda na infância, aprendendo as etapas de produção com a mãe; estudou artes plásticas e moda, até passar a trabalhar para grandes marcas, fundar a sua e tornar-se um dos primeiros estilistas a expandir suas criações além do mercado têxtil.
Um dos pontos altos da conversa foi quando ele contou sobre como trabalha a questão da sustentabilidade na sua empresa. “Ao invés de produzir novos tecidos aproveitamos os que já existem em estoque. Também ressignificamos roupas prontas. Damos uma nova cara às peças que já estão produzidas. Um dos nossos modelos de negócio é trabalhar os estoques de marcas que estão com as roupas paradas em seus estoques. Recebemos os produtos, abrimos e montamos de outra maneira. Isso é muito mais caro do que fazer uma roupa nova. O tempo que demora para fazer isso aumenta o custo da peça”, comenta. Ele ressalta que enquanto a produção de moda sustentável não chegar aos grandes magazines, vai continuar sendo cara. As fábricas de tecido reciclado precisam produzir mais para que as confecções pequenas possam comprar o tecido mais barato. “Se a gente não consumir mais roupas sustentáveis, elas serão sempre mais caras”, declarou. Ele também mencionou o novo comportamento do consumidor que quer saber de onde vem o material usado nas roupas que compra, se a empresa usa mão de obra infantil ou escrava, se destina os resíduos do que produz adequadamente e se utiliza materiais reutilizados ou reutilizáveis.
Para Herchcovitch, Santa Cruz do Capibaribe tem a capacidade de se transformar em um polo de sustentabilidade do Brasil que ainda não existe, usando a própria história (referindo-se à Sulanca). “Para fazer essa indústria se desenvolver e crescer será preciso trazer esse conceito para a nova era, mais tecnológica. As pessoas estão querendo consumir de maneira mais sustentável, mas elas não sabem onde achar esse produto. E esse produto pode sair daqui”, declarou.
CULTURA – Após os desfiles e o talk show, o público pode conferir os shows da dupla Delazeri e Juan Pablo, do cantor Vitor Kley e da banda Sertão Regado na área externa do Centro de Eventos.
O local foi transformado num grande ponto de encontro do público antes e depois do evento. A ABC das Tapiocas, Carnivorus Burger, Arretado de Bom (brownie), Zaru Temakeria, Planet Donut, Teike Bar e Baribe Coxinhas ofereceram lanches e refeições para quem circulava na praça de alimentação do evento.
O EMP 2018 conta com o patrocínio de Agreste Tex, o Centro de Apoio aos Pequenos Empreendimentos de Pernambuco (CEAPE-PE), Etikal – Etiquetas e Metais, Multmalhas, Elo, Getnet, Prospera e Santander, com o apoio do Sebrae-PE, Senac-PE, Senai, Associação Santa-cruzense de Contabilistas (Ascont), Associação Empresarial de Santa Cruz do Capibaribe (Ascap), AD Diper, Sindicato das Empresas do Comércio de Bens e Serviços de Santa Cruz do Capibaribe (Sindilojas), Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Capibaribe, Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Capibaribe, CDL Santa Cruz, Certec, Rede.Com, Qualygraf, Treeking, Braztur, Sign Digital, Santa Cruz Charm Hotel, Transbraz e Hotel Moda Center.
O evento segue até segunda-feira (30). Confira a programação no www.estilomodapernambuco.com.br
Fotos do primeiro dia: https://we.tl/wzK9NTyjdO
Fotos de todo o evento: https://www.flickr. com/photos/ estilomodapernambuco/
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