Através de decreto publicado na noite de ontem (23), o Governo do Estado, atendendo a um pleito da Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (Acic), autorizou a abertura dos estabelecimentos de aviamentos e de tecidos, a partir da sexta-feira (24) para garantir o fornecimento dos insumos necessários à fabricação de máscaras e outros Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) necessários no combate à proliferação do novo coronavírus.
Desde que a pandemia de Covid-19 se tornou uma realidade em Pernambuco e as ações de isolamento social se fizeram necessárias, entre elas o fechamento do comércio, as empresas do Polo de Confecções do Agreste modificaram a sua produção para atender a crescente demanda por EPIs. Os empresários estavam encontrando dificuldades na aquisição de insumos e a Acic agiu na defesa de interesses para que os fornecedores de tecidos e aviamentos pudessem entrar para a lista de atividades essenciais na crise do coronavírus.
“O nosso pleito, desde o início, foi que os fornecedores atacadistas e lojas de tecidos e aviamentos entrassem na lista de operações essenciais nesse momento, tendo em vista que o Polo de Confecções do Agreste está produzindo EPIs e as empresas estavam encontrando dificuldade de adquirir os insumos. Nas reuniões que tivemos com o Governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, pedimos pela inclusão desses estabelecimentos entre os serviços essenciais para atender a essa demanda e evitar que a produção tivesse que ser paralisada por falta de matéria-prima”, ressalta o presidente da Acic, Luverson Ferreira.
Confira o trecho do decreto que autoriza a abertura:
“Art. 3º A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico articulará e coordenará rede de atuação colaborativa entre cidadãos, empresas, sobretudo as integrantes do polo de confecções do Estado, e entidades da sociedade civil, para incentivar a produção, a distribuição e a entrega de máscaras, mesmo que artesanais, para a população. Parágrafo único. Fica permitido o funcionamento dos estabelecimentos de aviamentos e de tecidos, para o fornecimento dos insumos necessários à fabricação de máscaras e outros Equipamentos de Proteção Individual – EPI`s relacionados ao enfrentamento do coronavírus”, diz o texto.
Para que esses e outros serviços possam funcionar sem oferecer riscos para a ampliação do contágio, o Governo do Estado, no mesmo decreto, recomenda o uso de máscaras, mesmo que artesanais, pela população em geral em todo território pernambucano para as pessoas que precisam sair de casa e circular pelas vias públicas para exercer atividades ou adquirir produtos ou serviços essenciais.
O documento determina ainda que, a partir do próximo dia 27 de abril, os órgãos públicos estaduais e os estabelecimentos privados, que estejam autorizados a funcionar de forma presencial, ficam obrigados a exigir o uso de máscaras, mesmo que artesanais, pelos seus servidores, empregados e colaboradores, enquanto perdurar o Estado de Calamidade Pública.
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