O Agreste pernambucano vai receber a primeira edição do Pernambuco Fashion Business, de 4 a 10 de novembro, no Polo Caruaru. O diretor executivo Reginaldo Fonseca, da Cia Paulista de Moda, faz o lançamento oficial do evento, nesta terça-feira (9), às 17h, no Caruaru Palace hotel. A feira vai reunir mais de cem expositores e alcançar públicos de poder aquisitivo variado para consumir moda.
Reginaldo é consultor de mais de 70% dos eventos de moda do Brasil. “Tenho admiração pelo polo de moda de Pernambuco que faz muita coisa bacana em confecções. Planejo um evento com muito glamour, mas, ao mesmo tempo, mostrando o que é moda real e como ela pode chegar ao guarda-roupa de todos os brasileiros”, ressalta o organizador.
Região que mais cresce em Pernambuco, o Polo de Confecções do Agreste, que reúne 54 municípios, produz cerca de 800 milhões de peças de vestuário, todos os anos, tanto para o comércio nacional quanto para o internacional. Estima-se que mais de 18 mil empresas têxteis estejam localizadas nas cidades de Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe, Toritama e Surubim, consideradas as principais do polo. O setor local emprega mais de 150 mil pessoas e tem um faturamento anual de cerca de R$ 3,5 bilhões.
Para Reginaldo, este é o momento de novas criações e de alavancar as vendas do setor, pois a indústria brasileira da moda passa por um momento delicado. “Acredito que duas coisas são essenciais para o consumo diário humano que é se vestir e comer. É chegada a hora de Pernambuco fazer um evento mostrando a moda comercial e gerar business. A moda no estado veste ‘pessoas reais’ do nosso dia a dia e falta algo mais para que essa venda seja feita”, observa Fonseca.
Pernambuco trabalha a moda com muita cor e bastante jeans, de acordo com o consultor, que adianta as tendências dos desfiles do evento. “Vamos trabalhar com tendências de alto verão. O jeans está no guarda-roupa de todo o mundo, deixou de ser item básico e passou a estar presente na alfaiataria, ganhou as festas, com brilho e paetê. Em Toritama, são produzidas peças com lavagens diferentes em bermudas, calças, shorts, coletes, camisas. Quero aproveitar muito esse trabalho primoroso que é feito nas confecções em Pernambuco e levar para as passarelas algo muito diferente de como é apresentado o jeans no Brasil”, destaca.
A promessa do evento é levar moda para as pessoas se vestirem bem, não importando o bolso, trabalhando com todo o público. A proposta do consultor Reginaldo Fonseca é dialogar com os confeccionistas e lojistas e, indiretamente, com o consumidor final. Ele quer estimular o consumo consciente, assim como faz no desfile Angola Fashion Week, o mais importante do setor na África.
“Moda para mim é algo muito importante. Trabalho há mais de 30 anos em vários lugares do mundo e estou sempre pesquisando o que as pessoas querem e precisam comprar, ligando a indústria e o consumidor final, trabalhando com desejo, informação, expectativa, sedução, interatividade para informar as pessoas de uma forma muito consciente. Meu foco é encher os olhos das pessoas para um consumo consciente”, conclui.
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