Em visita à Cooperativa de Trabalho de Catadores Profissionais Pro-Recife, localizada no bairro da Imbiribeira, no Recife, o deputado estadual Diogo Moraes conheceu um trabalho realizado há mais de 10 anos na região. O encontro, que ocorreu nesta terça-feira (05), Dia Mundial do Meio Ambiente, foi marcado pelo vereador do Recife Aerto Luna e contou com a presença do presidente da entidade, José Cardoso e cerca de vinte profissionais da cooperativa, todos engajados na coleta seletiva na capital pernambucana.
Para Diogo Moraes, o encontro aconteceu em um dia simbólico. “Tantas pessoas e entidades falam sobre os cuidados com o Meio Ambiente e me perguntei: a sociedade dá o devido valor a estes profissionais que têm como ofício a coleta seletiva e a responsabilidade com o meio ambiente como meio de vida? Todos nós precisamos enxergar o papel destes profissionais. Só no Pro-Recife são 56 toneladas de papelão e papel retirados todos os meses das ruas da capital pernambucana. A iniciativa da cooperativa legitima a atividade dos catadores para fins de inclusão social, transformando resíduos sólidos em trabalho digno e valoroso para muitas pessoas, gerando trabalho e renda para muitas famílias”, avalia Diogo.
Segundo o deputado, é necessário refletir sobre o papel destes profissionais e a valorização dos mesmos. “Tive a satisfação de conhecer a cooperativa PRO-Recife presidida por José Cardoso. Fiquei impressionado com o tamanho do espaço e do trabalho desenvolvido lá. Recebemos alguns pleitos dos representantes e nos comprometemos em ajudar no que for possível, propagando ainda o trabalho essencial que eles realizam em nossa cidade. Apenas em Recife, são 1.5 mil catadores. Cerca de 300 estão organizados em cooperativas como esta. Em todo o estado de Pernambuco, estimam-se a existência de 13 mil catadores, segundo Cardoso”, detalha o parlamentar.
Na ocasião, os representantes da categoria entregaram uma carta aberta nacional que fala sobre a atuação dos catadores profissionais e de sua luta por melhores condições e ainda sobre mais oportunidades de negócio. “Não é de hoje que estamos juntos. Aqui eu me sinto em casa, pois quem construiu esse espaço foi meu pai e tenho profunda admiração pelo trabalho que a cooperativa realiza neste espaço. Precisamos fomentar a economia solidária. Já vim várias vezes neste galpão e estava vazio e hoje tem milhares de materiais coletados, já que as indústrias diminuíram a procura”, diz o vereador. “A cooperativa e os cooperados podem ter a certeza que não estão sozinhos e que nós não estamos fazendo nenhum favor em ouvir os anseios e encontrarmos juntos as soluções. Somos apenas instrumentos”, finaliza o vereador Aerto Luna.
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