Em maio, a cesta básica de Caruaru registrou uma redução, após seis meses consecutivos de alta. É o que mostra a pesquisa mensal feita por alunos de Ciências Contábeis e Gestão Financeira do Centro Universitário UniFavip|Wyden. Segundo o levantamento, valor da alimentação básica caruaruense em maio passou de R$ 330,03 para R$ 309,90, totalizando uma queda de 6,1%.
De acordo com a professora do UniFavip|Wyden, Eliane Alves, coordenadora da pesquisa, os preços dos vilões da cesta básica nos últimos meses, o tomate e o feijão, começam a recuar. De janeiro a abril deste ano, a cesta básica caruaruense havia acumulado alta de 29,42%, a maior da série histórica. Os itens que mais contribuíram para a redução dos preços da cesta básica foram o feijão (23,19%), o tomate (16,05%), o café (1,37%) e o açúcar (0,98%)”, analisa Eliane. Já entre os itens que registraram alta estão a farinha (3,90%), o leite (2,53%), o arroz (2,28%) e a carne (0,40%).
Em maio, o comportamento dos preços dos gêneros alimentícios foi de redução na maioria das capitais (13 no total), onde o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. As quedas mais expressivas foram registradas nas seguintes capitais: Campo Grande (R$ 423,97), Belo Horizonte (R$ 424,85), Goiânia (R$ 425,35) e Rio de Janeiro (R$ 492,93). Já os aumentos mais expressivos foram verificados em Florianópolis (R$ 487,93), Recife (R$ 417,85) e Brasília (R$ 487,30). A cesta mais cara do país, pelo sétimo mês consecutivo, foi a de São Paulo (R$ 507,07) e a cesta mais barata foi a de Salvador (R$ 392,97).
A alimentação básica caruaruense continuou apresentando um valor menor que a de Recife: a diferença foi um pouco maior se comparada às variações anteriores, passando de R$ 87,00 para R$ 107,95. Ainda de acordo com o levantamento do UniFavip|Wyden, uma família caruaruense deveria receber um salário mínimo, em maio, de R$ 2.603,50 para a aquisição dos gêneros alimentícios básicos e de outros itens necessários para garantir a sobrevivência digna de um grupo familiar.
“Além disso, para pagar o valor apresentado pela cesta básica, o assalariado caruaruense precisou trabalhar 71 horas e 47 minutos. Aoconsiderarmos que a jornada oficial de trabalho é de 220 horas mensais, o morador de Caruaru utilizou, no mês passado, 32,49% do seu tempo de trabalho só com as despesas de alimentação”, completa Eliane Alves.
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