A promoção do ensino a distância nas escolas da rede estadual de Pernambuco foi discutida em audiência pública realizada pelo Colegiado de Educação e Cultura, nessa quarta. A medida está prevista na Reforma do Ensino Médio, sancionada por lei Federal, em fevereiro de 2017. O encontro reuniu professores, dirigentes sindicais e gestores da Secretaria Estadual de Educação.
Para a representante do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco, Séphora Freitas, o lugar da criança é mesmo na escola. “A gente entende que o ensino à distância pode ser um complemento, mas que a educação para os jovens de 4 a 17, conforme a lei diz, é pra ser na escola. Porque é a escola que é o lugar da construção do conhecimento. Muita gente pensa que aprender é só receber a informação, e não é.” Séphora ainda destacou que o convívio entre os estudantes no ambiente escolar é fundamental para a humanização e a compreensão das diferenças.
A deputada Teresa Leitão, do PT, compartilha desse mesmo entendimento. “É uma faixa etária de formação, onde é necessária a integração e a socialização. Então, o convívio com outras crianças e adolescentes, o ambiente da escola, a troca de vivências e a própria relação com o professor, de carne e osso, são fundamentais.”
Ainda sobre o tema, a representante da Secretaria Estadual de Educação, Ana Selva, esclareceu que, no Estado, o ensino a distância não deve ser empregado na educação básica. “As diretrizes curriculares do Ensino Médio, que são publicadas pelo Conselho Nacional de Educação, colocam a possibilidade da educação à distância em nível da educação básica. Não é como Pernambuco vem trabalhando. Na verdade, a gente vem ampliando a carga horária, vamos dizer assim, do ensino regular, conforme está preconizado na reforma do ensino médio, mas de forma presencial”.
Essa modalidade de ensino, porém, vem sendo destaque na capacitação de profissionais para o mercado de trabalho. O gestor de ensino a distância da Secretaria Estadual de Educação, George Bento, fez uma apresentação com os resultados alcançados nessa área. Mais de 31 mil alunos, em 66 municípios pernambucanos, participam de cursos de administração, desenvolvimento de sistemas e recursos humanos, entre outros. De acordo com o especialista, dados revelam que essa formação tem sido decisiva na empregabilidade dos alunos.
Fonte: Rádio Alepe
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